Ortografia e Gramática:
- Morfologia
Morfologia!
Neste Bloco trataremos o estudo da Morfologia, o primeiro conceito importante para seus estudos em Língua Portuguesa e também importante para outras línguas, vide seus conceitos universais.
- Estrutura e formação das palavras
Estrutura das palavras
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:
A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”:
Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr – este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh – indica que a palavra é um diminutivo
a – indica que a palavra é feminina
s – indica que a palavra se encontra no plural
Morfemas são unidades mínimas de caráter significativo.
Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc.
São elementos mórficos:
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos
2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos primeiros
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
Raiz
Raiz é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica.
Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc.
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo:
at-o
at-or
at-ivo
aç-ão
ac-ionar
Radical
Observe o seguinte grupo de palavras:
livr- o
livr- inho
livr- eiro
livr- eco
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo?
Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema).
Radical é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra.
Por exemplo:
cert-o
cert-eza
in-cert-eza
Afixos
Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas.
Sabemos que o acréscimo do morfema “-mente“, por exemplo, cria uma nova palavra a partir de “certo”: certamente, advérbio de modo.
De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas “a–” e “-ar” à forma “cert–“ cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com “a-“, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como “-ar”, surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos:
Prefixo | Radical | Sufixo |
In | at | ivo |
Em | Pobr | ecer |
inter | Nacion | nal |
Ir | Racio | nal |
Prefixo | Radical | Sufixo |
in | at | ivo |
em | pobr | ecer |
inter | nacion | al |
Formação das Palavras
Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição.
A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva | Derivada |
mar | marítimo, marinheiro, marujo |
terra | enterrar, terreiro, aterrar |
Observamos que “mar” e “terra” não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por exemplo:
alfabetização
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por exemplo:
papel – papelaria
riso – risonho
b) Verbal, formando verbos. Por exemplo:
atual – atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Por exemplo:
feliz – felizmente
Derivação Prefixal e Sufixal
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Exemplos:
Palavra Inicial | Prefixo | Radical | Sufixo | Palavra Formada |
leal | des | leal | dade | deslealdade |
feliz | in | feliz | mente | infelizmente |
Note que a presença de apenas um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua existem as palavras “desleal”, “lealdade” e “infeliz”, “felizmente”.
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Considere, por exemplo, o adjetivo “triste”. Do radical “trist-” formamos o verbo entristecer pela junção simultânea do prefixo “en-” e do sufixo “-ecer”. Note que a presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras “entriste”, nem “tristecer”. Exemplos:
Palavra Inicial | Prefixo | Radical | Sufixo | Palavra Formada |
mudo | e | mud | ecer | emudecer |
alma | des | alm | ado | desalmado |
Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal. Caso contrário, será derivação parassintética.
partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)
Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1) Os adjetivos passam a substantivos. Por exemplo:
Os bons serão contemplados.
2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos. Por exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3) Os infinitivos passam a substantivos. Por exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
4) Os substantivos passam a adjetivos. Por exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam a advérbios. Por exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6) Palavras invariáveis passam a substantivos. Por exemplo:
Não entendo o porquê disso tudo.
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por exemplo:
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada “imprópria”.
Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos, apresentados a seguir.
Composição por Justaposição
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos:
passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs.: em “girassol” houve uma alteração na grafia (acréscimo de um “s”) justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.
Composição por Aglutinação
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos:
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo – referindo-se à família nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)
Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente.
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
auto – por automóvel
cine – por cinema
micro – por microcomputador
Zé – por José
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção “Extras” -> Abreviaturas e Siglas)
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por exemplo:
auto (grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais, basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos.
Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande utilidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
Sufixos
Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera.
Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente.
Sufixos que formam nomes de ação
-ada – caminhada | -ez(a) – sensatez, beleza |
-ança – mudança | -ismo – civismo |
-ância – abundância | -mento – casamento |
-ção – emoção | -são – compreensão |
-dão – solidão | -tude – amplitude |
-ença – presença | -ura – formatura |
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo:
Eu comprei o carro.
Artigos Indefinidos
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo:
Eu comprei um carro.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:
Preposições | Artigos | |||
o, os | a, as | um, uns | uma, umas | |
a | ao, aos | à, às | – | – |
de | do, dos | da, das | dum, duns | duma, dumas |
em | no, nos | na, nas | num, nuns | numa, numas |
por (per) | pelo, pelos | pela, pelas | – | – |
Artigo
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo:
Eu comprei o carro.
Artigos Indefinidos
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo:
Eu comprei um carro.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:
Preposições | Artigos | |||
o, os | a, as | um, uns | uma, umas | |
a | ao, aos | à, às | – | – |
de | do, dos | da, das | dum, duns | duma, dumas |
em | no, nos | na, nas | num, nuns | numa, numas |
por (per) | pelo, pelos | pela, pelas | – | – |
– As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase.
– As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
Artigos, leitura e produção de textos O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literário |
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se “encaixa” diretamente ao lado de um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser “encaixada diretamente” ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). |
Classificação do Adjetivo
Explicativo: exprime qualidade própria do ser.
Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser.
Por exemplo: fruta madura.
Formação do Adjetivo
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
Adjetivo simples: Formado por um só radical.
Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical.
Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos.
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro adjetivo.
Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.
Numeral
Numeral
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência.
Exemplos:
- Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
- Eu quero café duplo, e você?
…[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
- A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
…[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de “fila”]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
Pronome
Definição
Pronomes pessoais
Pronome oblíquo átono
Pronome oblíquo tônico
Pronome reflexivo
Pronome de tratamento
Pronomes possessivos
Pronomes demonstrativos
Observações sobre pronomes
Pronomes indefinidos
Pronomes relativos
Pronomes relativos II
Pronomes interrogativos
Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:
- A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
Verbo
Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Advérbio
Definição
Flexão do advérbio
Classificação dos advérbios
Locução Adverbial
Palavras e locuções denotativas
Advérbio
Compare estes exemplos:
O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.
A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio.
Marcos jogou bem.
Marcos jogou muito bem.
A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.
A criança é linda.
A criança é muito linda.
A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio.
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por exemplo:
Asprovidências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:
Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.
Observações:
– Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes. Por exemplo:
Ninguém manda aqui!
mandar: verbo
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo
– Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade. Por exemplo:
O filme era muito bom.
– Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos. Por exemplo:
” Isso é simplesmente futebol” – disse o jogador.
“Orgulhosamente Brasil” é o que diz a nova campanha publicitária ufanista
Preposição
Definição
Classificação das preposições
Locução prepositiva
Principais relações estabelecidas pelas preposições
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração.
Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula.
Acompanhe os exemplos.
- Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.
amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição
de: preposição
- Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio.
esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição
com: preposição
Conjunção
Definição
Conjunções coordenativas
Conjunções subordinativas I
Conjunções subordinativas II
Locução conjuntiva
Conjunção
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
segurou a boneca
a menina mostrou
viu as amiguinhas
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e“, e a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando“. As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está ligando termos de uma mesma oração.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Interjeição
Definição
Classificação das interjeições
Locuções interjetivas
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga!
Ele poderia ter dito: – Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
E assim terminamos nossa primeira parte de conceitos da Língua Portuguesa para concursos, a Morfologia! Não perca o próximo bloco, onde trataremos da Sintaxe!
Bibliografia
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